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Ferrugem: Instituições brasileiras reforçam necessidade de cooperação com CIFC/IICT

07/10/2011 - 10:15









 
O investigador do CIFC/IICT, Eng.º Vítor Várzea no Pólo de Excelência do Café, acompanhado pelo Reitor de Extensão e Cultura, Professor Magno Patto Ramalho, do Professor Rubens José Guimarães e pelo investigador da Epamig, Antônio Alves Pereira.

A ferrugem do cafeeiro (Hemileia vastatrix) nunca deixou de ser uma ameaça à cafeicultura no Brasil, embora existam formas alternativas de convivência com a doença. Uma destas alternativas é o uso de cultivares resistentes à doença. Porém, descobertas recentes na Índia indicam que as fontes de resistência da maioria das variedades se tornaram susceptíveis nos últimos anos, representando uma ameaça para as cultivares derivadas destes híbridos. Além disso, surgem com frequência novas raças de ferrugens, com potencial superior de virulência e agressividade. Assim, existem alguns desafios para o Brasil: Qual será a capacidade de ataque destas novas raças em lavouras brasileiras e por quanto tempo as cultivares desenvolvidas conseguirão manter uma resistência duradoura? 

Depois de fazer uma apresentação no VII Simpósio Brasileiro de Pesquisas dos Cafés do Brasil, em Araxá, o investigador do Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro (CIFC/IICT), Vítor Várzea, fez uma apresentação na sede da Unidade Sul de Minas da Epamig, em Lavras, para investigadores e estudantes que se dedicam ao tema. Também visitou o sector de cafeicultura da Universidade Federal de Lavras (UFLA), em especial o Polo de Excelência do Café, acompanhado do pró-reitor de Extensão e Cultura, professor Magno Patto Ramalho e do pesquisador da Epamig, Antônio Alves Pereira, o Tonico, uma das referências brasileiras no desenvolvimento de cultivares resistentes à ferrugem. 

Na Epamig, a apresentação de Vítor Várzea teve o objectivo de incentivar o debate sobre os novos desafios da doença, reforçando a necessidade de interacção entre as instituições brasileiras e o CIFC/IICT para se buscar uma estratégia de convivência com este inimigo que continua como uma forte ameaça para os cafeeiros. Na sua apresentação, o investigador ressaltou a vulnerabilidade do cafeeiro à ferrugem, o que exige uma estratégia conjunta de defesa para desvendar a forma como as novas raças se originam, bem como os aspectos envolvidos na perda de resistência à doença.

O investigador do CIFC/IICT reforçou a necessidade de um trabalho conjunto para que sejam identificados os genes de virulência das raças locais, assim como a capacidade de desenvolvimento de novas raças no Brasil. O conhecimento de novas raças poderá orientar novas fontes de resistência. “A ferrugem tem uma capacidade tremenda de sobrevivência e de mutação para atacar o cafeeiro”, sinaliza o investigador, lembrando que a investigação deve estar atenta aos novos desafios, mesmo que seja para encontrar uma maneira eficiente de conviver com a doença.

A passagem do Eng.º Vítor Várzea pelo Pólo de Excelência do Café pode ser vista aqui

 

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