25 e 26 de fevereiro, no ISA

Data: 25 e 26 de fevereiro 2019
Local: Instituto Superior de Agronomia, Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa, Portugal

  • 25 fev  Manhã:  Sala de Atos  | Tarde: sala 27 do Edifício Principal
  • 26 fev  Manhã:                         | Tarde: Sala de Atos

Organizadoras: Prof.ª Margarida Tomé Prof.ª Helena Almeida, no âmbito do projeto INCREdible.
As inscrições no evento deverão ser efectuadas para o e-mail: alam@isa.ulisboa.pt

Consulte todas as informações no documento do programa.
 


Variação genética do sobreiro: Uma ferramenta para a regeneração do montado

Introdução: O sobreiro ocorre na região do Mediterrâneo Ocidental, abrangendo uma ampla gama de condições ambientais, é árvore dominante de ecossistemas com alto valor ambiental e socioeconómico. O sobreiro está bem adaptado à seca sazonal do clima mediterrânico, após várias décadas de aquecimento e frequentes anos de seca. No entanto, desde a década de 70, as temperaturas máxima e mínima aumentaram em Portugal cerca de 0,5 ºC por década, o que corresponde a duas vezes o incremento médio da temperatura mundial. Além disso, são esperados períodos de seca mais longos, mais frequentes e mais intensos. O declínio do montado de sobro, que é observado em algumas regiões, traduz a fragilidade e susceptibilidade deste ecossistema e eventuais alterações climáticas poderão acentuar a necessidade da utilização de material de reprodução adaptado como meio de promoção da sustentabilidade do montado e das florestas de sobreiro 

É admitido que, através de adaptação genética e / ou plasticidade fenotípica, as populações de sobreiro possam ter desenvolvido diferenças significativas na adaptabilidade e nas características relacionadas com esta. Neste contexto, os ensaios de proveniência são o melhor recurso para avaliar a variabilidade entre e dentro das populações a partir de lotes de sementes recolhidos numa vasta gama de locais (povoamentos) que cobrem a distribuição geográfica das espécies. Isso permitirá avaliar os níveis e padrões de variação genética para o crescimento e as características que determinam a adaptação a um ambiente específico, fornecendo informações cruciais para selecionar origens de sementes apropriadas para as plantações, bem como desenvolver programas de melhoramento e conservação de recursos genéticos sustentáveis. Em 1998, no âmbito da iniciativa FAIR I CT 0202 ““Evaluation of Genetic Resources of Cork Oak for Appropriate Use in Breeding and Gene Conservation Strategies””, foram estabelecidos treze ensaios de proveniência de locais múltiplos e 5 ensaios de descendência utilizando os mesmo materiais genéticos que representativos de toda a área de sobreiro.

Esses testes têm atualmente 21 anos e pareceu-nos ser o momento adequado para unir esforços para reavaliar objetivos comuns (debater: a manutenção dos ensaios de campo, novas medições, análise de dados). Será uma reunião de 2 dias: a manhã do primeiro dedicada a apresentações sobre o estado dos ensaios de campo e os respetivos resultados, à tarde a discussão incidirá sobre as ações a desenvolver no futuro e hipóteses de candidaturas a financiamento da manutenção e investigação associada a estas estruturas. O segundo dia haverá uma visita aos ensaios de proveniência e de descendência no Monte Fava (Ermidas do Sado).

Dirigido a: Proprietários florestais, gestores florestais, empresas florestais, gerentes industriais, consultores florestais, formuladores de políticas e a comunidade científica em geral

Idioma: inglês 


Genetic variation of cork oak a tool for regeneration of cork oak woodlands

Introduction: Cork oak is widely distributed in the Western Mediterranean region, spanning a range of different environmental conditions, and frequently dominating open woodlands of high conservation and socio-economic value. Cork oak is well adapted to the seasonal drought of Mediterranean climate, following several decades of warming- up and frequent drought years. However, since the 70's, maximum and minimum temperatures have risen in Portugal about 0.5 ºC each decade, corresponding to twice the average world temperature increment. In addition, since longer, more frequent, and more intense drought periods are expected, stress caused by the expansion of arid and semi-arid climate throughout the country will affect the species distribution. Consequently, not only established stands may be prone to tree mortality, but also the current reforestation effort may be jeopardized by low survival rates attributed to the use of unsuitable genetic material.

It is expected that, through genetic adaptation and/or phenotypic plasticity, cork oak populations may have developed significant differences in fitness and the traits related to it. In this context, provenance trials are the best resource of material to assess the variability between and within populations from seed sources sampled in a wide range of locations (stands) covering the geographical distribution of the species. This will enable to assess the levels and patterns of genetic variation for growth and traits determining adaptation to a specific environment, hence providing crucial information to select appropriate seed sources for planting, as well as to develop sustainable breeding and gene conservation programs. In 1998, within the initiative frame of FAIR I CT 0202 “Evaluation of Genetic Resources of Cork Oak for Appropriate Use in Breeding and Gene Conservation Strategies”, seventeen multi-site provenance trials and progeny trials were established based on common genetic entries that cover the entire area of cork oak.

These trials have now 21 years and it seems the right time to join efforts to reevaluate common objectives (e.g. trial maintenance, new measurements, data analysis). It will be a 2-day meeting, the first devoted to presentations about the trials and the respective first results (in the morning) and the discussion on the follow-up of the trials (in the afternoon). The second day will be a field trip to the Provenance/progeny trial at Monte Fava.

Addressed to: Forest owners, forest managers, forest firms, industrial managers, forest and technology consultants, policy makers, and the scientific community in at large

Language: English