A exposição "As Flores do Imperador: Do Bolbo ao Tapete" estará patente até 21 de maio de 2018

O Instituto Superior de Agronomia teve o gosto de ceder a obra de ALDINI, T. , do Séc. XVII, "Exactissima descriptio rariorum quarundam plantarum, que continentur rome in horto farnesiano", a mais antiga existente na Biblioteca do ISA, e única em Portugal, para a exposição "As Flores do Imperador: Do Bolbo ao Tapete", patente na Fundação Calouste Gulbenkian até 21 de maio de 2018.

Trata-se de uma exposição  dedicada ao desenho floral de dois tapetes da Índia Mongol pertencentes à colecção de Arte Islâmica do Museu, produzidos na Índia Mongol durante o reinado de Shahjahan (1627-1658) e insere-se no tema geral da Fundação para os próximos cinco anos: “Diálogo Ocidente-Oriente”.

Ao longo do século XVI, a abertura da Europa ao mundo redimensionou o conhecimento dos europeus acerca da natureza. Das Índias aportaram novos produtos e novas espécies de plantas e animais. Do Levante chegaram sementes e bolbos de flores exóticas. Muito requeridas e apreciadas por curiosos, estudiosos e aristocratas, foram cuidadosamente plantadas, descritas e representadas em álbuns botânicos ricamente ilustrados. Estes volumes tiveram ampla circulação na Europa e nos vastos espaços imperiais. Levados por viajantes e emissários europeus nas suas missões diplomáticas, religiosas e comerciais, chegaram desde finais do século XVI à corte Mongol. Sob o patrocínio imperial, os artistas locais ensaiaram as técnicas de desenho e os modelos de representação patentes nos compêndios europeus.

O cariz naturalista dos desenhos florais patentes na exposição surge nos diálogos estabelecidos, entre Oriente e Ocidente, ao longo do Século XVII, e a circulação, à escala global, de pessoas, livros, imagens e espécimes botânicos.

Para além da exposição estão programadas vistas e conferências temáticas, a não perder!