Seminário CEF CEABN
"Mass Spectrometry-Based Forest Tree Metabolomics —metabolite responses to a changing climate"
Apresentado pela investigadora: Carla António - Responsável pelo Laboratório de Metabolómica de Plantas & Colaboradora do Centro de Estudos Florestais (CEF) do Instituto Superior de Agronomia (ISA)/Ulisboa.
As florestas são de importância vital não só porque são fonte de uma vasta gama de produtos de valor económico, mas também porque os ecossistemas florestais prestam serviços cruciais à humanidade, incluindo a preservação da biodiversidade, a qualidade do solo e da água, o ciclo do carbono, a regulação do clima e a atenuação das alterações climáticas. Os métodos metabolómicos na investigação das árvores florestais são particularmente limitados, dado o longo ciclo de vida, a grande dimensão do genoma e a falta de ferramentas genómicas das espécies florestais. No entanto, desde os grandes avanços genómicos na investigação das árvores florestais (por exemplo, a disponibilidade da primeira sequência do genoma de uma árvore, Populus trichocarpa, em 2006), os estudos metabolómicos em espécies florestais têm suscitado um interesse crescente. Neste domínio, a metabolómica representa uma oportunidade única para explorar as vias metabólicas e de desenvolvimento das árvores florestais em resposta a danos críticos associados às alterações climáticas globais (abióticas/bióticas). Os fenómenos de stress abiótico podem devastar as florestas, enquanto os fenómenos de stress biótico, associados a pragas de insectos florestais e a surtos de agentes patogénicos, podem afetar gravemente as respostas imunitárias das árvores. No seu conjunto, estes fatores de stress ambiental promovem a propagação de doenças das árvores e, eventualmente, conduzem à sua mortalidade. Aprofundar a compreensão dos mecanismos de defesa envolvidos na resiliência das árvores florestais às alterações climáticas é, portanto, crucial para o desenvolvimento de estratégias que melhor garantam a proteção das nossas florestas, da sua biodiversidade e, em última análise, de nós próprios.
Forests are of vital importance not only because they are a source of a wide range of economical valuable products but also because forest ecosystems provide crucial services to humankind, including preservation of biodiversity, soil and water quality, carbon cycling, climate regulation, and climate change mitigation. Metabolomics methods in forest tree research are particularly limited given the long-life cycle, large genome size and lack of genomic tools of forest tree species. However, since the major genomics breakthroughs in forest tree research (e.g., availability of the first ever tree genome sequence, Populus trichocarpa in 2006), metabolomics studies in forest tree species have generated increased interest. In this area, metabolomics represents a unique opportunity to explore the metabolic and developmental pathways of forest trees in response to critical damages associated with global climate change (abiotic/biotic). Abiotic stress events can devastate forests while biotic stress events, associated with forest insect pests and pathogen outbreaks, can seriously affect tree immune responses. Altogether, these environmental-stress factors promote tree disease spread and, eventually, lead to tree mortality. Digging deeper into the understanding of the defense mechanisms involved in the resilience of forest trees to climate change is, therefore, crucial to developing strategies that best secure the protection of our forests, their biodiversity, and ultimately, ourselves.