Seminário CEF/CEABN: Ecologia, Florestas e Conservação
Data: 17 Julho, entre as 12h30 e as 13h30h
Local: Auditório Florestal do Instituto Superior de Agronomia
Dedicado ao tema "Gestão Florestal Sustentável do Parque Florestal de Monsanto – Floresta de Conservação e Recreio”, por Fernando Alves, Parque Florestal de Monsanto, Câmara Municipal de Lisboa.
Mini CV:
Fernando Louro Alves, licenciado com o Curso de Engenheiro Silvicultor (Especialidade de Gestão de Recursos Naturais) (Instituto Superior de Agronomia – Universidade Técnica de Lisboa) com formação de Arquitetura Paisagista (I. S. de A. - U. T. de L.), e pós-graduado com o Curso de Mestrado em Planeamento Regional e Urbano (Universidade Técnica de Lisboa).
Resumo:
Uma floresta urbana não é um jardim, nem sequer um conjunto de árvores. Um Parque florestal é um ecossistema completo em que um dos seres em presença, os seres humanos, é muito numeroso e tem tendência para exceder a sua capacidade de carga. E essa ultrapassagem determina a perda de qualidade no próprio usufruto. Nada mais difícil então do que gerir um ecossistema funcional onde a pressão do uso é sempre tão determinante: mas se se entender a vocação para o desporto, o recreio e a educação ambiental com padrões de qualidade exigente, entende-se como conciliar a gestão desse ecossistema e das pessoas que o usam. Os padrões de sustentabilidade começam por isso, pela definição clara da floresta melhor adaptada, e essa será sempre aquela que é a potencialmente natural no local, depois definir uma expectativa de sucessão para a sua implementação e acionar todos os mecanismos que possam catalisar e tornar esse processo mais rápido. Finalmente estar atento às respostas do ecossistema para, se necessário for, redefinir estratégias orientadoras. O parque de Monsanto está agora nesta fase: o planeamento é agora mais orientado para o detalhe, para a promoção da Biodiversidade nativa e para a diminuição dos riscos, num equilíbrio nem sempre fácil de encontrar. Em paralelo com uma gestão florestal sustentável há que considerar a gestão do uso e dos utilizadores muitas vezes mais consumidora de recursos que a própria gestão florestal propriamente dita. Muitos dos utilizadores são passivos (não são utilizadores diretos) e há muita dificuldade em obter uma participação ativa nos processos de gestão participada. O reconhecimento como Floresta-modelo no PROT da AML e a certificação FSC com o reconhecimento dos Atributos de Alto Valor para a Conservação reconhecem a qualidade do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido.