Testemunhos de Antigos Alunos do ISA
Patrícia Fonseca de Oliveira
Patrícia Fonseca de Oliveira Syngenta Crop Protection - Regulatory Manager (Responsável pela área de registo dos produtos fitofarmacêuticos) Fez o curso de Engenharia Agronómica, à época, no ramo de Economia Agrária e Sociologia Rural, entre 1990 e 1995.
Desde que terminei o meu curso já tive experiências profissionais muito distintas. Comecei a trabalhar na Agroges em 1995, uns meses antes mesmo de terminar o curso, onde participei em vários projectos. Depois fui técnica e, mais tarde, Secretária Geral, da Associação dos Agricultores do Ribatejo, em Santarém, onde me especializei em política agrícola e na elaboração de projectos de investimento aos agricultores (16 anos). Dei, durante 4 anos, em simultâneo, aulas na Escola Superior Agrária de Santarém (macro e microeconomia, economia dos recursos naturais e marketing). Fui depois assessora da ministra da Agricultura e Mar e deputada à Assembleia da República (2015-19) onde fui coordenadora na comissão de Agricultura e Mar e membro da comissão de Ambiente e Ordenamento do Território. Tive a extraordinária oportunidade de participar em diversos processos legislativos muito distintos até das minhas áreas de formação! A minha decisão de entrar para o ISA foi-se consolidando talvez pela minha vivência familiar. Sou neta de agricultor e filha de agrónomo. Sempre gostei muito de biologia e sempre me fascinaram as leis da natureza mas na altura estava longe de seguir uma linha mais socioeconómica. Essa decisão já foi tomada durante o curso, porque vamos tendo oportunidade de estudar muitas matérias e vamos percebendo mais concretamente do que gostamos. Eu tentei conciliar isso com o que na altura me pareceram as melhores oportunidades de saídas profissionais. Os tempos de faculdade são dos melhores anos das nossas vidas e, no ISA, acho que não podia ter sido melhor! Foi lá que conheci o meu marido e onde fiz grandes amigos para a vida! E há professores fantásticos, não só pelo que nos ensinam e como ensinam, mas pela relação pessoal que conseguimos criar. É sempre um gosto reencontrarmo-nos nos mais diversos momentos ao fim de tantos anos! Foi extraordinariamente importante conseguir conciliar o lazer com os estudos, que me deram uma extraordinária preparação para me adaptar nas mais diversas funções profissionais que tive nestes 25 anos. O que distingue o ISA, para além do espírito de grande família, é a capacidade de nos dar asas para voarmos; é o dar-nos as ferramentas necessárias para que possamos depois escolher como usá-las. E as hipóteses são imensas! 2020
António Lopes Dias
Engenheiro Agrónomo, ISA – especialidade de Fitopatologia, entre 1978 e 1983. Actualmente Director Geral da Sigeru, Lda., sistema integrado de gestão de embalagens e resíduos em agricultura – VALORFITO
Pertencer à família ISA, foi antes de mais o resultado de uma opção pessoal, talvez difícil de entender, sobretudo à luz do enquadramento actual, uma vez que decidi ir para Agronomia tendo média para entrar em Medicina. Mesmo parecendo um lugar-comum, é inevitável afirmar que o ISA foi, para mim, uma escola de vida, para além de uma escola académica. As novas amizades, das mais diversas proveniências foram determinantes. O "lado" académico teve de tudo, como é normal e expectável numa universidade, do melhor ao pior, com balanço positivo.
Joana Maçanita
Engenheira Enóloga
Licenciada em Engenharia Agronómica no ISA (2007)
Consultora da WineID – Gestora/Adminstradora
Gestora /Administradora – Fita Preta Vinhos
Júri no “International Wine Challenge, Londres (2005-2007) e no Wine Master Challenge”, Estoril, (2005 -2007)
Formadora
Ingressei no ISA em 2000 aconselhada pelo pai que falava do Instituto Superior de Agronomia com muito respeito e orgulho. Não sabia na altura qual era o meu futuro. Em 2004 fiz a minha primeira vindima e aconselhada pelos professores do ISA decidi tirar Viticultura e Enologia. Com a estrutura de formação do ISA e os seus métodos de engenho, consegui em 2006 montar a minha empresa de Consultoria Enológica com dois colegas do ISA, a WineID, que apoia neste momento 8 produtores Nacionais. É importante dizer que o ISA me deu as bases necessárias para poder tomar decisões e que o ISA é como uma segunda casa que nos dá alicerces para ficarmos sempre de pé. Nesta Casa recebi as ferramentas necessárias para ser uma profissional de sucesso, foi neste berço que me formei e é com grande orgulho que o escrevo.
Joana Vicente
Engenheira Agrónoma
Investigadora no Horticulture Research International / Universidade de Warwick (desde 1999)
Ingressei no ISA em 1987/88 seguindo as pisadas dos meus pais. No final do primeiro ano, tive que escolher entre os variados ramos de estudos que iam desde a Arquitetura Paisagista até à Produção Animal. Nesse ano, Melhoramento de Plantas não funcionou e assim acabei por decidir tirar o ramo mais geral de Produção de Plantas. As cerca de 60 cadeiras do curso prepararam-nos para tudo, desde a Matemática até à Horticultura passando pelos Tractores e a Economia incluindo cadeiras com projetos individuais e de grupo. Durante o meu projeto de fim de curso ganhei experiência num laboratório onde se trabalhava em cultura de tecidos e doenças de brássicas. Aprendi então a lidar com os sucessos e insucessos das experiências e participei pela primeira vez num congresso internacional. Antes de terminar o trabalho final, ganhei uma bolsa do Praxis XXI para fazer o doutoramento numa bacteriose das brássicas. Iniciei o trabalho de doutoramento no ISA e depois passei três anos no Horticulture Research International (HRI), Wellesbourne, Warwick, Reino Unido. Foi com muito orgulho que regressei ao ISA para defender a minha tese. Entretanto comecei a trabalhar em projectos de bacteriologia e melhoramento no HRI e ofereceram-me uma posição permanente. Desde essa altura tenho trabalhado em melhoramento de plantas, bacteriologia e biologia molecular. Fiquei com muitos contactos e amigos no ISA e é com grande prazer que continuo a colaborar com alguns colegas e a visitar o ISA regularmente.
Jorge Granate Rosa Santos
Foi no ano letivo de 99/00 que entrei para Eng. Agronómica no ISA, mais tarde escolhi o ramo Enologia Viticultura. O facto de a licenciatura a que me propus ter um elevado grau de exigência e ser multidisciplinar durante o tronco comum, permitiu-me garantir não só a especificidade e conhecimentos necessários para o meu desempenho profissional em Enologia, mas também um vasto conhecimento que se estende por outras áreas (Agronómicas, Matemáticas, Física/Química, Ecologia, etc.). Sem dúvida que o Plano Curricular transversal, atual e exigente lançou as bases para a minha formação académica. No entanto, a par com o Plano curricular bem estruturado, o Corpo Docente é a enorme mais-valia do Instituto Superior de Agronomia. Experiente e com grande competência académica, confere uma base sólida e fundamentada para os conhecimentos teóricos adquiridos. Foi apenas quando entrei no mercado de trabalho percebi o impacto e reconhecimento que os curso de Engenharia no ISA têm junto do sector profissional, fruto do empenho do Instituto, dos seus professores e alunos. É claro que nunca poderei esquecer também, a excelente convivência académica que tive no ISA com colegas e professores, que ainda hoje me acompanham.
Leonel Fadigas
Arquitecto paisagista (1971)
Engenheiro agrónomo (1978)
Professor Associado da Faculdade de Arquitectura/Universidade Técnica de Lisboa
Um percurso de vida faz-se em muitos sítios e circunstâncias, em muitas escolas e experiências. Quarenta anos depois de defender a minha tese de arquitetura paisagista (1971) recordo não apenas o entusiasmo juvenil com que entrei no ISA, em 1964, mas essencialmente o que ali cresci e aprendi. Com grandes mestres (Caldeira Cabral, Ário de Azevedo, Pais de Azevedo, Monteiro Alves), com colegas que ainda hoje são amigos, aprendi o mundo e as pessoas e ganhei as asas com que tenho voado por muitos sítios. Nas aulas, na Associação de Estudantes, aprendi que, mais que a agronomia que foi a razão da minha entrada e que resolvi terminar em 1978, a responsabilidade, a ética e o compromisso social, a exigência científica e pessoal eram o que de melhor poderia aproveitar de uma instituição que era, acima de tudo, uma casa onde nos sentíamos bem. Hoje, feito um doutoramento em Planeamento Urbanístico, ensinando urbanismo e ordenamento do território numa escola vizinha (a Faculdade de Arquitetura da UTL), reconheço que o que sou o devo ao ISA. E o olhar que todos os dias dirijo à Tapada aqui ao lado é a minha forma de agradecer o privilégio que tenho em poder dizer com orgulho: fui aluno do ISA.
Leonor Leandro
Engenheira Agrónoma (Especialização em Protecção de Plantas)
Assistant
Tenho ótimas memórias do meu tempo no ISA, e é sempre com orgulho que falo deste Instituto. Foi no ISA que obtive as bases sólidas e a estrutura de conhecimento abrangente que me permitiu seguir a carreira de investigação em patologia vegetal. Obtive e minha licenciatura em Engenharia Agronómica no ISA em 1996, com especialização em Protecção de Plantas. Foi durante o meu trabalho de final de curso sobre o fungo Cylindorcarpon destructans em videira que me apercebi que queria seguir a carreira de investigação. Devo muito do meu interesse à Engª Cecilia Rego que foi minha orientadora principal, juntamente com o Prof. Ganhão, por me terem proporcionado uma experiência muito enriquecedora e me terem ensinado os fundamentos do método experimental, rigor científico e serviço à comunidade agrícola. Foi a Dra. Ana Carla Madeira, de Agrometeorologia, que me direcionou depois para um mestrado em Environmental Science na Universidade de Nottigham, onde foi minha orientadora externa, e me ajudou a estabelecer os primeiros contactos com investigadores nos Estados Unidos. Em 1998 fui aceite para um doutoramento na Iowa State University, onde fiz investigação em antracnose do morangueiro financiada por uma bolsa da PraxisXXI, da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Depois de um pós-doutoramento na North Carolina State Univeristy, regressei para a Iowa State University onde trabalho desde 2006 como professora assistente e onde faço investigação em fungos patogénicos em soja e dou aulas de micologia.
Lígia Vaz de Figueiredo
Arquitetura Paisagista Assistente Convidada no ISA
Para mim, estudar no ISA fez a diferença. Durante a licenciatura, senti que a exigência ao nível dos conteúdos me preparava para o mundo competitivo do trabalho e que construía amizades para a vida. Depois, em âmbito profissional, constatei que ser do ISA era ser reconhecido e respeitado, e as oportunidades surgiram. Agora, é com orgulho que regresso e tenho a oportunidade de ajudar outros alunos a fazerem a diferença.
Macário Correia
Presidente da Câmara Municipal de Faro
Ex. Assistente Universitário, Director Geral, Membro do Governo, Deputado, e membro do Conselho e Comité de Regiões da UE
Nas duas décadas que já levo de vida profissional e de grande exposição pública, face às missões que me têm sido confiadas, os ensinamentos da escola mãe foram essenciais para a abertura e para a visão do mundo que fui adquirindo. Aprendemos história, economia, hidráulica, mecânica, sociologia, biologia, bem como arte e química, o que nos permitiu ter condições para entender todo o género de dossiês e decisões. Essa abertura que o ISA me deu, a amplitude e a polivalência do que aí aprendi, constituíram para mim um precioso instrumento de formação, com o qual lidei com facilidade com as questões complexas e diferenciadas que encontrei na vida real de dirigente público.
Entrei na Tapada da Ajuda em 1976, ainda num período marcado fortemente pela mudança política democrática do 25 de Abril. O Instituto mexia com todos nós. Vivia-se um momento de discussão e de criação de novos rumos. Esse ano lectivo, iniciou-se com a maior entrada de sempre, de novos alunos e com a abertura dos primeiros pavilhões fora do histórico edifício central. Percorri com entusiasmo essa fase, envolvendo-me nas estruturas e nos protagonismos que a vida associativa e a gestão participada geravam. Fui do Conselho Pedagógico, Director da Agros, Presidente de muitas e muitas RGA’s e Presidente da Associação de Estudantes. Vivi intensamente o ISA e como aluno fiz em simultâneo os cursos de Agronomia e de Arquitectura Paisagista. Tive a sorte de conhecer de perto os catedráticos marcantes dos meados do século passado (Varennes de Mendonça, Pereira Coutinho, Castro Caldas, Amaral Franco, Pais de Azevedo, Vasco Garcia, Costa e Sousa, entre outros). O ISA era e é a escola de referência. Nesse meu tempo de estudante estavam a nascer Évora, Vila Real, Açores e outros pólos de ensino, nas ciências agrárias e no ambiente (Aveiro e Nova de Lisboa), mas a Tapada da Ajuda era a escola mãe de muitos que estavam na génese destas novas instituições. A formação eclética que recebi no ISA foi fundamental na minha vida. O universo de matérias, de experiências e a participação política que aí iniciei foi marcante para todo o meu percurso. Sai da escola, com os relatórios finais discutidos em 1982, numa tarde de Julho, com as lágrimas nos olhos, fazendo escorrer as saudades dos amigos, das referências e de uma vida de estudante que fora apaixonante, pela intensidade com que ali estive, os cinco anos mais o estágio. Nas duas décadas que já levo de vida profissional e de grande exposição pública, face às missões que me têm sido confiadas, os ensinamentos da escola mãe foram essenciais para a abertura e para a visão do mundo que fui adquirindo. Aprendemos história, economia, hidráulica, mecânica, sociologia, biologia, bem como arte e química, o que nos permitiu ter condições para entender todo o género de dossiês e decisões. Essa abertura que o ISA me deu, a amplitude e a polivalência do que aí aprendi, constituíram para mim um precioso instrumento de formação, com o qual lidei com facilidade com as questões complexas e diferenciadas que encontrei na vida real de dirigente público. Como assistente universitário, Director Geral, Membro do Governo, Deputado, e autarca, bem como nos órgãos da União Europeia (Conselho e Comité de Regiões) não esqueço as vantagens de ter sido formado no ISA. Senti-me sempre preparado para apreender e agir nas questões que surgiram. Hoje, vivo em Tavira, onde nasci há 46 anos, sou Presidente da Câmara Municipal, da Associação de Municípios do Algarve, da Agência Regional da Energia e Ambiente do Algarve e de outras instituições e órgãos da vida regional, além de integrar o Comité das Regiões da União Europeia, sem esquecer as responsabilidades de Presidente da Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Ciclismo. José Macário Correia Abril 2003
Mário António Ernesto
Engº Agrónomo, Poeta e Angolano
MEMÓRIAS DO ISA - "A PASSAGEM DA FELICIDADE 1999 / 2003"
Manhã fria do Inverno era Janeiro janela abriu-se sete anos depois sem carteira nem leitura. Numa paisagem esverdeada da Tapada da Ajuda encontrei o ISA como um incebergue do saber atirado na floresta da felicidade. Folhas e flores caiam sobre mim com ares de felicitação em esperança agronómica meu espírito recapitulava o sonho de ser eu como eu. Éramos três trilhando com interrogações e determinação a ânsia de vencer e convencer a ânsia de criar criar amizades, camaradas e colegas criar. O sol, dia pôs dia trazia à nós novas amizades, e solidariedade entre colegas e assim sentimo-nos em casa. Repartimo-nos em grupos de trabalho e estudos soltamo-nos dificuldades as vezes tínhamos mas facilmente ultrapassáveis porque sozinhos não estávamos com amigos, colegas e nossos ilustres professores sentimo-nos em casa. Casa hospitaleira onde os ventos da irmandade cultural e não só, elevam o éco até bem mais, para além do pulmão da majestosa Lisboa com o ISA, a guisar, culturas de vários quadrantes ali convergidos como uma só a da igualdade de direitos como estudante felicitações … Ainda me lembro quando pedia mais aos meus professores Professor repita para mim alimenta-me mais outra vez do teu saber quer aprender e saber fazer como tu tudo, tudo, tudo. Não! não! não me canso por repetir a explicar-te a despejar-te o meu saber é o sabor da tua felicidade e prosperidade o vereda da verdade da reconstrução e desenvolvimento do teu país. Sentir-me-ei orgulhoso e realizado ao saber que meu saber em ti vale à um país por descobrir como é Angola. Luanda, Outubro de 2006
Rui Pereira
Engenheiro Agrónomo (Especialização em Protecção de Plantas, 1991)
Entomólogo, FAO/IAEA Joint Division of Nuclear Techniques in Food and Agriculture, Vienna, Austria
O meu ingresso no ISA resulta de uma infância e juventude vividas em meio rural, no seio de uma família com uma forte ligação à terra, e à participação, desde muito cedo, nas mais diversas tarefas agrícolas durante os meus "tempos livres". No ISA obtive o conhecimento básico e sólido que me permitiu enfrentar com confiança várias etapas da minha vida, quer em posteriores graus académicos quer no percurso da minha atividade profissional. Foi durante a Licenciatura, no decorrer do trabalho de fim de curso, que me envolvi diretamente com o estudo dos insetos (com as cochonilhas algodão dos citrinos). Finalizada a licenciatura, em 1991, ingressei imediatamente no Mestrado em Proteção Integrada, também no ISA, onde comecei a solidificar a minha formação como Entomólogo através do trabalho que desenvolvi com a mosca do Mediterrâneo. Após o Mestrado dei início à minha atividade profissional na área da Entomologia, mais concretamente num programa de luta autocida contra a Mosca do Mediterrâneo com recurso á Técnica do Inseto Estéril e, mais uma vez, os conhecimentos adquirido no ISA foram determinantes na abordagem aos desafios profissionais. Oito anos depois, quando decidi ir fazer o Doutoramento em Entomologia nos Estados Unidos, na Universidade da Florida, pude, em contacto com estudantes de vários países, verificar e agradecer, quão sólida foi a minha formação no ISA. Em 2007, embarquei neste desafio de trabalhar numa Instituição Internacional (Agência Internacional de Energia Atómica), embora numa “Joint Division” com a FAO, e onde tenho a possibilidade de participar em investigação aplicada e na cooperação técnica com países em desenvolvimento em todo o Mundo. E porque as memórias do meu tempo de estudante são muito boas, nas minhas passagens por Lisboa, continuo a visitar o ISA, embora esporadicamente, para contactar amigos, colegas e docentes que marcaram a minha formação universitária.
Susana Feitor
Atleta de Alta Competição
O maior símbolo português da Marcha Atlética
Medalha de Ouro no Campeonato do Mundo de 1990, no Campeonato da Europa Júnior, em 1993, no Campeonato de Marcha da Comunidade Europeia, em 1996, 13ª nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996. Campeã nacional em 10 Km marcha e marcha-estrada, recordista dos 3 000 metros marcha, em pista e pista coberta, dos 5 000 metros em pista, meia hora marcha em pista, e dos 10 Km marcha em pista e em estrada.
Atleta do ano em 1991
(...) de um modo geral o ISA deu um pulo tão grande (a todos os níveis) nesta última década que é difícil as outras instituições vos acompanharem... seria bom! (principalmente para os alunos).
Teresa Andresen
Arquitecta Paisagista
Professora Catedrática da Universidade do Porto-Faculdade de Ciências
Fui aluna do ISA entre 1976 e 1982, ano em que concluí a licenciatura em engenharia agronómica e o curso livre de arquitectura paisagista. Considero que tive uma formação universitária abrangente, qualificada e orientada para saber fazer. O que hoje sou e faço devo uma parte significativa à minha formação no ISA. Os cursos que realizei eram ambos apaixonantes para o que muito contribuía a Tapada, o Jardim Botânico e a cidade de Lisboa. O envolvimento na Associação de Estudantes foi um pouco uma escola paralela. Em 1976 entramos algo como 600 alunos e a casa ficou a deitar por fora. O ambiente era muito ribatejano e alentejano mas acima de tudo muito, muito politizado que nos levava a assumir posições, fazer opções. Aprender agricultura era aprender para produzir num país confrontado com a perda das colónias... Depressa se transformaram os paradigmas! A Arquitectura Paisagista era ‘politizadíssima’. Aulas fabulosas que nos educavam o olhar e estimulavam o pensamento. Aulas ao fim da tarde e ao sábado. Visitas de estudo inesquecíveis de tão formativas que eram. Era uma inspiração permanente! Tive a sorte de no ISA ter Grandes Mestres. Acho que as coisas más – como as que há nas instituições – já as esqueci.
Tiago Van Zeller
Director de Produção - Nacional (Cerealis Moagens)
Licenciado em Engenharia Alimentar
Foi num contexto de expectativa e novidade que entrei no ISA, no ano lectivo de 1998/1999. Descobri tradição e conhecimento, envolvência e pessoas que me acompanharam na licenciatura em Eng. Agro-Industrial (ramo tecnologia dos produtos alimentares), recentemente reformulada a Eng. Alimentar. Foi um período intenso de formação pessoal e académica, contíguo a um crescimento humano que continuou na descoberta de um mundo profissional complexo e multidisciplinar – a Indústria Alimentar. Com uma sólida formação base nas ciências alimentares, a estreia na indústria deu-se nos Lacticínios onde passei por departamentos tão variados como a Qualidade, a Manutenção Industrial e a área de Projecto. Foram estas duas últimas áreas que despertaram o gosto e necessidade de formação complementar. Embora apenas com um ano de experiência profissional, a polivalência das funções técnicas em ambiente industrial motivaram a descoberta e aprofundamento das áreas complementares e fundamentais a qualquer contexto de produção industrial; a mecânica em todas as suas frentes, a eletrotecnia, a termodinâmica. Para tal seguiu-se uma pós-graduação em Gestão de Manutenção, e vários cursos e seminários técnicos nas referidas áreas. Foi um período de aprendizagem e experiência profissional muito intenso e completo. Findo este desafio, surgiu o segundo, agora na Indústria de moagem de cereais. Uma realidade industrial muito diferente, áreas paralelas e outras completamente distintas marcaram este novo caminho que estou agora a percorrer. A gestão de produção, assim como a gestão de projeto industrial (remodelação da unidade industrial de receção e moagem de cereal) ocupam o meu dia-a-dia. Uma vez mais a necessidade de complementaridade na formação base surgiu cedo, e terminei já uma especialização técnica de um ano (fora de Portugal) em Tecnologia de Moagem, à qual se seguiu o Mestrado em Eng. Alimentar no ISA, agora na tecnologia dos produtos vegetais (atualmente a realizar a dissertação). O círculo fechou-se neste regresso ao I.S.A., afinal a casa de onde parti há apenas 4 anos.
Tim
Cantor
Vocalista dos Xutos e Pontapés
Frequentei o ISA de 1979 a 1986. Tirei o curso de Engenheiro Agrónomo, na especialidade de Melhoramentos. Sempre achei que os edifícios, os jardins e terrenos de cultivo (ali bem no centro de Lisboa!), a biblioteca e os laboratórios faziam um todo que nos preparava para estudarmos algo com muitas vertentes, muitos considerandos, muitas soluções possíveis, sendo os alunos preparados para analisarem e decidirem em responsabilidade. Esta espécie de liberdade de estudo foi uma revelação, e demorou algum tempo até que eu deixasse a metodologia mais básica do ensino secundário e percebesse realmente para o que me estava a preparar. Com um ensino virado para a compreensão das questões, com professores sábios e assistentes preocupados, desenvolvi vários trabalhos individuais e de grupo, trocando experiências de vida e conhecimento com várias pessoas de diversas áreas e posições, do professor catedrático ao serralheiro mecânico. Não sendo um aluno brilhante, e desenvolvendo uma carreira musical paralela ao estudo, naturalmente que repeti cadeiras e chumbei alguns anos, motivo pelo qual acabei por me cruzar com muitos mais colegas, enriquecendo a minha vida com mais alguns amigos. Por fim, já no último ano, durante o estágio, tive o privilégio de trabalhar no campo onde integrei uma equipa multidisciplinar de que ainda tenho saudades, para além de que o meu modesto trabalho de fim de curso foi ainda citado por investigadores americanos com os quais o meu diretor de estágio desenvolvia parcerias. A minha carreira paralela acabou por falar mais alto e tornei-me músico profissional. Deste tempo no ISA guardei o trabalho em conjunto, o respeito pelas outras opiniões, um maior conhecimento da vida e dos seus caminhos, uma ginástica mental que me preparou para enfrentar outro tipo de questões, e que sem duvida ajudaram a que os Xutos & Pontapés se tornassem no que são. A todos muito obrigado.
Vitor Guimarãis
Enólogo e Viticultor na Morais Vineyards & Winery (Virginia, EUA) Licenciatura em Engenharia Agronómica em 2008 Mestrado em Viticultura e Enologia em 2010 Prémio de Melhor Aproveitamento Escolar do Mestrado em Viticultura e Enologia no Ano Lectivo 2009/2010
O ISA sempre foi a minha primeira opção! Se queria que o meu futuro profissional fosse a Viticultura e Enologia então, para mim, tinha que me formar no ISA. Licenciei-me em Engenharia Agronómica que, graças ao seu plano curricular multidisciplinar me preparou muito bem para muitos dos desafios que têm surgido na minha vida profissional. Em 2010 concluí o então reformulado Mestrado em Viticultura-Enologia onde aprofundei os conhecimentos que já possuia sobre esta área. Durante a minha carreia académica tive o enorme prazer de ter sido membro da AEISA durante 3 mandatos, além de ter integrado vários Órgãos de Gestão da Escola e ter participado na criação dos novos Estatutos do ISA em 2009. Todas estas experiências contribuíram bastante para o meu crescimento pessoal e profissional e tenho um imenso orgulho nelas. O corpo docente do ISA é constituído pelos melhores entre os melhores. Apesar de serem os melhores nas suas respectivas áreas de estudo, são, antes disso, pessoas. Não formam só bons profissionais, formam igualmente pessoas. A proximidade entre os corpos docente e estudantil é uma das mais-valias desta centenária instituição, criando importantes sinergias entre ambos, que se frequentemente se prolongam durante muitos e bons anos. O ISA é, em Portugal, uma Escola única. Para mim são 100 ha de paraíso em Lisboa. À sua localização sem igual, associa-se um património arquitectónico histórico e uma beleza natural da sua flora e fauna. Quando entrava no ISA tinha a sensação de entrar num mundo à parte. Sempre que volto a Portugal reservo pelo menos um dia para visitar o ISA e as muitas amizades que por lá mantenho.