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COORDENAÇÃO: Paulo Fernandes (UTAD).

EQUIPA CEABN: Francisco Castro Rego e Paulo Godinho Ferreira.

Os efeitos ambientais e dificuldade de supressão dos incêndios florestais dependem das suas características físicas. A descrição da vegetação dos espaços florestais como um combustível, ou seja, como um conjunto de números utilizáveis como dados de entrada para modelos de predição do comportamento do fogo é, consequentemente, fundamental no processo global da gestão do fogo, nomeadamente no que respeita à sua prevenção, pré-supressão, supressão e uso.

Esta proposta dirigiu-se ao desenvolvimento de modelos de combustível representativo dos tipos de vegetação arbustiva e florestal que ocupam porções substanciais do território de Portugal.

A disponibilidade deste tipo de informação desempenhou um papel importante na melhoria do apoio à decisão em situações operacionais e de planeamento no domínio do fogo florestal, o que é especialmente relevante face à severidade do problema dos incêndios em Portugal.

O projecto englobou diferentes escalas espaciais (a partícula de combustível, o leito combustível, o complexo combustível, a comunidade vegetal), e combinou dados provenientes do Inventário Florestal Nacional com amostragem destrutiva e não destrutiva em parcelas de estudo.

Os modelos de combustíveis foram caracterizados através de descrições fisionómicas e quantitativas e foram acompanhados da respectiva descrição do comportamento e dificuldade do combate sob diferentes cenários meteorológicos, bem como de informação quanto à piroecologia das formações vegetais em causa.