COORDENAÇÃO: Francisco Castro Rego (CEABN).
EQUIPA CEABN: Francisco Castro Rego, Francisco Moreira, Luís Gordinho e Susana Dias.
OUTRAS INSTITUIÇÕES: Erena - Ordenamento e Gestão de Recursos Naturais, Lda. e Centro de Biologia Ambiental (Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa).
As consequências ecológicas da gestão cinegética são um tema polémico, existindo autores que defendem que a gestão pode representar uma ameaça para muitas espécies, e outros que afirmam que ela pode contribuir para a conservação da biodiversidade.
No entanto, são escassos os dados quantitativos sobre os efeitos da gestão cinegética sobre as espécies não cinegéticas.
Este projecto abordou este tema, comparando a ocorrência, abundância e diversidade de vertebrados terrestres cinegéticos e não cinegéticos em áreas sujeitas aos regimes cinegéticos livre e especial.
O trabalho decorreu em doze pares de áreas seleccionadas aleatoriamente do conjunto de áreas de caça da região alentejana (em que cada elemento de cada par correspondia a um dos dois tipos de regime cinegético considerados), e teve como principal objectivo testar a hipótese nula de que a densidade e diversidade de pequenos vertebrados terrestres cinegéticos ou não cinegéticos não são afectadas pelo regime cinegético e respectiva gestão cinegética.
Este estudo incidiu sobre grupos de espécies que poderiam a priori ser considerados particularmente sensíveis à gestão cinegética: pequenas espécies cinegéticas (e.g.codorniz, perdiz, rola, coelho, lebre), aves de rapina diurnas, corvídeos e mamíferos carnívoros.
Para além disso foram também utilizados alguns atributos da comunidade de aves global como indicadores de biodiversidade.