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O projecto “MATRIX – Novos métodos de avaliação de multi-riscos e multi-probabilidades para a Europa” apresentou os seus resultados num Seminário dedicado à perpectiva multi-riscos e multi-parcerias dos incêndios florestais em Portugal.

Organizado pelo CEABN InBio e pela Sociedade Portuguesa de Ciências Florestais (SPCF), o destaque das apresentações foi para a análise dos incêndios florestais enquanto risco natural no conjunto de outros eventos naturais extremos como terramotos, derrocadas, erupções vulcânicas, inundações, tempestades, e para a adopção de uma abordagem inovadora na melhoria das medidas de redução de risco e no aumento da resiliência das sociedades aos desastres naturais.

Através do estudo da interdependência entre os diferentes tipos de fenómenos oferece-se uma visão abrangente das catástrofes naturais que frequentemente assolam as diferentes regiões da Europa e colocam em perigo as populações. Em Portugal, o destaque foi para a análise do ano de 2003, com 425 mil hectares de área ardida e 548 casas destruídas, das quais 23% primeira habitação, 39% segunda residência e só 19% não ocupadas. Estudaram-se em particular os concelhos da Chamusca, Mação e Monchique como os principais visados pelos incêndios florestais desse ano.

Através do estudo da comparação de 80 casas destruídas pelo fogo com 80 outras casas nas mesmas condições que sobreviveram à passagem do fogo concluiu-se existirem algumas características determinantes para a sua sobrevivência. Por outro lado, com base em entrevistas à população e aos agentes intervenientes procurou-se estudar a vulnerabilidade social nas perspectivas de preparação, adaptação e recuperação a seguir ao incêndio.

Como é que a população se prepara face a um incêndio? Como se defende? Quais os custos associados aos incêndios? Como se recuperam as habitações? Quanto tempo demora a recuperação? Todas estas questões foram investigadas no âmbito do projecto MATRIX por forma a aumentar a resiliência física e social das populações ao risco de incêndio.

Conclui-se que características como a liderança e inter-ajuda durante o incêndio e no processo de recuperação e o aumento da consciência do risco são condições fundamentais para a resiliência das populações. Questões como partilha de custos e seguros foram abordadas e desenvolvimentos recentes estão a ser analisados.

Segunda-Feira, 16 de Dezembro de 2013

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