A simulação de incêndios na vegetação recorre muitas vezes a modelos de comportamento do fogo que necessitam de modelos de combustível como entrada. A falta de modelos de combustível é um problema comum para investigadores e gestores de incêndios porque a sua qualidade depende da qualidade/disponibilidade de dados.
No estudo desenvolvido pelos investigadores Ana Sá, Akli Benali, Bruno Aparício, Chiara Bruni e José Cardoso Pereira é apresentado um método que combina conhecimento especializado e baseado em investigação com várias fontes de dados (por exemplo, satélite e trabalho de campo), para produzir mapas de modelos de combustível personalizados.
Classes de modelos de combustível são atribuídas a tipos de coberturas do solo para produzir um mapa base, que é então atualizado através da utilização de regras empíricas e definidas pelo utilizador. Este método produz um mapa de modelos de combustível de superfície o mais detalhado possível.
Este método é desenvolvido num conjunto de ferramentas ModelBuilder/ArcGis chamado FUMOD que integra dez submodelos. O FUMOD tem sido usado para mapear as redes de modelos de combustível anuais portugueses desde 2019, apoiando avaliações regionais de risco de incêndio e decisões de supressão. Conjuntos de dados, modelos e arquivos suplementares estão disponíveis num repositório.
O trabalho contou ainda com Carlos Mota da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e Paulo Fernandes do CoLAB ForestWISE, e foi publicado com o título “A method to produce a flexible and customized fuel models dataset” na revista MethodX da Editora ScienceDirect.
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